domingo, 31 de janeiro de 2010

Sobre o fazer em si - 2

Vamos lá, vou dizer de uma maneira diferente o que já foi dito na postagem anterior: quando eu escrevi que o processo criativo é interminável, é necessário deixar claro que não se trata de um improviso, tampouco de um esquema bundalelê de trabalho.

Muito pelo contrário, o investimento em organização e clareza é interminável também.
Criatividade não é um bicho solto que faz o que quer por aí. Não no meu modo de agir e de ver a vida. Não no esquema moitakuense de ser, onde a ORGANISMAÇÃO (heinnnnn???? Esta palavra foi inventada pela Moema, que adora neologismos! Significa organização do organismo, partir de dentro pra fora no processo de regulagem do caos) é o mote de toda ação.

Eu sei que, especialmente no Brasil, tudo isso se confunde muito. Criatividade parece que não combina com ordem, arte não casa com ordenação e responsabilidade. Mas é exatamente aí que reside o valor primordial desta metodologia criada pela nossa personagem central.

O que difere é que nós não lidamos com a ordem de uma maneira que conduza ao controle. Ao contrário, o controle é algo a ser observado atentamente porque ele conduz a uma falsa organização, cria a ilusão de que podemos dominar o processo, coisa que não podemos. A nós cabe apenas regular, cuidar, agir em prol da clareza e verdade das nossas ações.
E quem trabalha comigo sabe que isso não falta.

Obrigada a todos os que acreditam e acreditaram em mim, uma iniciante produtora de documentário.

Com o meu amor... ReNata Batista

*
P.S.: No quesito "equipe" da postagem anterior, acabei por ignorar a participação do Estevão Moreira, diretor musical, e do Victor Rocha, que ajudou na direção e vai marcar mais presença na edição.

quarta-feira, 27 de janeiro de 2010

Sobre o fazer em si

Produzir é um barato! Produzir uma ideia própria, então, muito mais! Adoro investigar os contatos, falar com as pessoas, articular agendas, reunir equipe......... adoro ouvir histórias!

Está sendo um barato ouvir os relatos e conhecer pessoas novas, mundos novos, adentrar um universo que eu pouco conhecia, o da dança. Estou amando trabalhar com esta equipe maravilhosa composta por Rodrigo Gondim, Juliana Schlüter, Thiago Ribeiro e eu. Sim, trabalhar comigo também é novidade! Sou outra ReNata diferente daquela produtora de 5 anos atrás. Sou outra profissional, porque sou outra pessoa... Encontrei-me. E fico muito feliz com isso.

Até agora já gravamos com 15 pessoas das 30 que eu gostaria de gravar. Quando o Thiago me pergunta quantas faltam, respondo: 30 – 15 = 25... hahahahahaha!!! Ainda não sei quantas faltam, porque não sei quem mais vai aceitar participar, e pode ser que eu convide outras pessoas... A medida que nós vamos gravando as coisas vão se redeterminando, o processo criativo é interminável, uma coisa puxa a outra, uma pessoa não fica a fim de participar, resolvo chamar outra, e por aí vai.

Se tem uma coisa que eu não quero fazer é mantar as coisas sob controle. Controle é para os que gostam de mandar, eu gosto de compartilhar. Sigo o feeling, não as regras!

O mais doido é que, conforme a carruagem vai andando, a duração do filme vai se esticando. Era pra ser um curtametragem, mas... pode ser média e até longa! Na hora de decupar eu fico doida, como tirar isso? E mais isso? Não dá. Por isso estou aceitando a ideia de fazer um longa mesmo. Quem sabe?

Vamos ver como a história se desenrola.

Aguarde e verá!


Bela figura: Moema Corrêa em trabalho de Expessão Corporal de Klauss Vianna - Parque da Cidade, déc. 60. foto: Gerson Rocha

Moema Ameom na Palestra "Moitakuá e o Quantum" - Niterói, 2009 - foto: Rodrigo Gondim