O objetivo deste blog é compartilhar os processos de produção do documentário "AMEOM, Arte de Mestrar", que resgata a história de Moema Corrêa / Moema Ameom, bailarina, atriz, cinesioterapeuta, terapeuta corporal, criadora da metodologia MOITAKUÁ. por ReNata Batista, produtora
terça-feira, 21 de dezembro de 2010
Aviso aos navegantes...
Novidade: com a ajuda do Rodrigo Gondim, estou começando a decupar o material para a edição.
Em breve, algumas experimentações estarão no ar no youtube. Quem viver verá!!!!!!!!!!!
Obrigada por acompanhar, esperar, torcer, etc....
Aquele abraço,
ReNata Batista
quarta-feira, 1 de dezembro de 2010
Ciclo Vital
escrito por Moema Ameom
Neste momento da minha existência um ciclo de vida se completa. Acho linda esta capacidade de conscientizar o fechamento de ciclos espiralados onde o mantra da repetição ganha tons, cores e impulsos diversos, desfazendo o cassete energético provocado pelo medo de evoluir. “Estou evoluindo de verdade” é o que me diz esta constatação.
Semana passada fui convidada por um amigo/discípulo de metodologia moitakuense, prof.Rodrigo Gondim, para fazer parte da banca examinadora de um concurso de dança criado por ele na Escola Municipal Levi Carneiro com a intenção de incentivar e estimular seus alunos desta rede pública de ensino. Adorei a idéia e aceitei de imediato. Na hora do convite surgiu em meu corpo uma sensação interessante que somente hoje pela manhã consegui transcodificar. Durante meditação matinal, minha consciência trouxe à tona a época em que dava aulas de ballet clássico na Escola Estadual Parque Darcy Vargas na Lagoa-Rio. Era em torno do ano de 1974/75. Foi minha primeira experiência como professora de ballet. Muitas crianças desmotivadas, mães sem muita expectativa com relação àquele tempo que dedicavam à dança e eu, como professora e coordenadora do setor, sem saber o que fazer com o ensino do “balezinho”. Resolvi, então, criar um concurso de coreografias incentivando as alunas a coreografarem, desenharem seus figurinos e cenários. O evento foi realizado no palco do auditório do Jockey Club do Rio e eu convidei para a banca examinadora alguns amigos do Teatro Municipal do RJ e do corpo docente da Academia de Ballet Tatiana Leskowa. Foi um assombro para todos os participantes. Uma bela festa de confraternização de classes sociais e artísticas que me facilitou a implantação de uma visão mais ampla com relação ao valor da dança na vida das pessoas.
Agora me preparo para apoiar a iniciativa do deste aluno, que mestre é de mim, aplaudindo sua iniciativa com pleno conhecimento de causa. A alegria ainda é maior porque, no mesmo evento cultural, meu filho, prof.Victor Rocha, estará mostrando os trabalhos de seus alunos da turma do Curso Livre de Cinema cujo objetivo é fazer do cinema um veículo de educação. Plantei e estou colhendo! Feliz .... muito feliz com o resultado da colheita.
Itaipuaçu, 1 de dezembro de 2010
*
(Moema escreveu, eu publiquei...
Por que cargas d'água ela não consegue publicar neste blog???
Eu não sei... Alguém nos explica?)
terça-feira, 21 de setembro de 2010
Fôlego novo! (ufa!!!)
Já faz um tempo que não escrevo aqui, mas isso não significa que este projeto foi deixado de lado. DO lado de cá, muito trampo, que está ficando mais objetivo a partir dos últimos acontecimentos.
Na semana que passou eu tive conhecimento sobre um edital do SESC que premiará com R$ 200 mil projetos de CInema Documentário, entre outras categorias. EMpolguei-me e achei que seria ótimo inscrever este projeto! Entre o dia 16 e o dia 20 eu achei que poderia fazer o milagre da estruturação do projeto e mobilizei a galera: pedi ajuda a empresas para representar o projeto, e a Ginja FIlmes topou ajudar, mas por questões de comunicação acabei indo bater na porta da André Garcia ALves Produções Artísticas, que cedeu gentilmente toda a documentação necessária.
Em uma correria danada, reuni dados, assinaturas, documentos e fui parar na casa da JUliana no dia 20 pra finalizar tudo e realizar a inscrição, que seria realizada on line até as 23:59. Mó doideira! Mesmo assim, só desisti às 23:59 quando vi que não tinha como, faltava enviar 3 documentos e... tchau!
Valeu a pena? Valeu! Serviu pra estruturar a proposta e veio pra confirmar o que eu já havia visto alguns dias antes: se eu não me focar na estruturação deste projeto, ele não vai sair. ESte projeto não pode ser uma ideia longinqua na minha vida, um sonho acalentado a distancia. Precisa de investimento, trabalho e muito planejamento.
Então, caros leitores... fica aí a comunicação: o trabalho está se intensificando!
E este blog vai ser o canal de comunicação entre todos os envolvidos: todos os que já deram seus depoimentos ou estão conectados a este filme de alguma maneira serão incluidos na lista de atualização do blog e receberão por e-mail todos as atualização que for feita aqui.
Aguardem... no ar, cada vez mais informação!
Obrigada. Aquele abraço a todos os que passarem por aqui!
ReNata Batista
Na semana que passou eu tive conhecimento sobre um edital do SESC que premiará com R$ 200 mil projetos de CInema Documentário, entre outras categorias. EMpolguei-me e achei que seria ótimo inscrever este projeto! Entre o dia 16 e o dia 20 eu achei que poderia fazer o milagre da estruturação do projeto e mobilizei a galera: pedi ajuda a empresas para representar o projeto, e a Ginja FIlmes topou ajudar, mas por questões de comunicação acabei indo bater na porta da André Garcia ALves Produções Artísticas, que cedeu gentilmente toda a documentação necessária.
Em uma correria danada, reuni dados, assinaturas, documentos e fui parar na casa da JUliana no dia 20 pra finalizar tudo e realizar a inscrição, que seria realizada on line até as 23:59. Mó doideira! Mesmo assim, só desisti às 23:59 quando vi que não tinha como, faltava enviar 3 documentos e... tchau!
Valeu a pena? Valeu! Serviu pra estruturar a proposta e veio pra confirmar o que eu já havia visto alguns dias antes: se eu não me focar na estruturação deste projeto, ele não vai sair. ESte projeto não pode ser uma ideia longinqua na minha vida, um sonho acalentado a distancia. Precisa de investimento, trabalho e muito planejamento.
Então, caros leitores... fica aí a comunicação: o trabalho está se intensificando!
E este blog vai ser o canal de comunicação entre todos os envolvidos: todos os que já deram seus depoimentos ou estão conectados a este filme de alguma maneira serão incluidos na lista de atualização do blog e receberão por e-mail todos as atualização que for feita aqui.
Aguardem... no ar, cada vez mais informação!
Obrigada. Aquele abraço a todos os que passarem por aqui!
ReNata Batista
sábado, 17 de abril de 2010
Enquanto o filme não fica pronto...
RESPEITÁVEL PÚBLICO!!!
É o seguinte: nós paramos um pouco com as gravações. Os motivos? Necessidade de amadurecer o propósito, assistir a todo o material antes de dar continuidade e... captar recursos! Ou seja, buscar a grana pra terminar o filme!
Mas......... enquanto isso não aconmtece, vou alimentar a curiosidade com pequenos drops, não de anis, mas dos depoimentos já gravados entre outubro/2009 e fevereiro/2010.
Comentários caem bem sempre!!!
“A Moema se diferenciava pela sensibilidade. Ela sempre transmitiu uma serenidade, uma tranqüilidade. E sempre me pareceu um pouco mais madura do que as outras garotas. A convivência com ela não era uma coisa supérflua, ela sempre tinha uma observação que era expressa até no olhar.”
Charley Fayal de Lira Jr., amigo de adolescência
*
“As coisas mais bonitas que a Moema me ensinou foram todas a partir dela mesma. Não foi através de conselhos, foi através de atos. Ela se moveu e o corpo dela falou isso pra mim. Eu encontrei, de certa forma, um sentido para uma espiritualidade em mim e não pra fora de mim.”
Rodrigo Gondim, já foi partner, é amigo e cliente esporádico de Moema
*

“As aulas da Moema eram diferentes, e isso dava uma vivacidade pro corpo. No princípio eu achava meio estranho, porque eram bem diferentes das aulas da D. Tânia, eu às vezes achava que ela estava brigando com a música.”
Eraci Gonçalves, ex-aluna na Academia da Tatiana Leskova
*

“A Moema dentro da academia da D. Tânia era uma pessoa diferenciada, porque ela já tinha uma outra informação de expressão, de emoção, de vida, de dança, que já mostrava um outro lado (...) Eu gostaria muito de encontrar a Moema hoje, ela deve ter uma consci^ncia corporal muito grande.”
Fernanda Abreu, ex-aluna
*
"Ela sempre nos acolheu muito, e foi a primeira pessoa a falar que nós tínhamos que estar confortáveis pra dançar. Ela sempre teve um trabalho diferenciado dentro da academia da Tatiana Leskova. Nós carregamos até hoje muitas coisas aprendidas com a Moema para nossa vida inteira, é muito mais do que técnica de dança."
Afirmam em uníssono Laura, Bárbara e Paola, ex-alunas da Academia Tatiana Leskova
*
“A Moema era uma boa professora, uma profissional muito honesta com o ballet.” Tatiana Leskova, com quem Moema trabalhou 10 anos
*
“Moema é uma pessoa muito especial na minha vida, não tenho nem palavra. Foi uma amiga que eu ganhei. (...) Ela é uma pessoa em quem eu confio porque entende a dança. Na verdade ela entende e desentende.”
Denise Martins, ex-bailarina e professora de ballet. Amiga e ex-cliente
*

“O trabalho com a Moema me resgatou um pouco da corporeidade, da relação com a matéria. Foi um encontro que veio ao encontro das minhas necessidades. Eu precisava dar voz ao meu corpo, que estava gritando de uma certa maneira e eu não estava ouvindo. (...) A minha pintura ficou mais corpórea, mais material, mais física. Antes ela era um pouco mais figurativa, mental, simbólica, com vários signos e metáforas presentes....”
Pierre Crapez, amigo e ex-cliente
*
“Tudo o que ela faz é com o intuito de ajudar as pessoas, ela pode até se perder umpouco na vontade de ajudar, mas o desejo dela é compartilhar as coisas que ela acha que são boas. (...) Pode se passar muito tempo, ela sempre vai ser um pessoa muito importante na minha vida."
Adam Portugal, ex-cliente
*
“Sem dúvida nenhuma a Moema muda ao longo do tempo. Ela vem mudando de acordo com o aprendizado dela, porque ninguém nasceu feito. Ela vai aprendendo e vai atuando na vida de acordo com esse aprendizado. A capacidade que ela tem de se adaptar as dificuldades e se adaptar para poder fazer um tratamento é impressionante.”
Ruben Galvão, cliente e amigo há mais de 12 anos
*
“Moema é uma pessoa extremamente apaixonada por tudo o que ela acredita e faz, mas isso não necessariamente é o que eu acredito ou faço. Se eu achar que o que ela diz é uma verdade absoluta para a minha vida, corro um grande risco de me decepcionar, e aí colocar a culpa nela e chama-la de manipuladora.”
Maria Beatriz Esteves, ex-cliente
*
“O que mais gosto dela é o carinho, a atenção e a responsabilidade que ela dá ao seu trabalho, pra poder não só ela se sentir bem, como principalmente quem está sendo atendido.”
Dayse Brito, cliente e amiga há mais de 10 anos
É o seguinte: nós paramos um pouco com as gravações. Os motivos? Necessidade de amadurecer o propósito, assistir a todo o material antes de dar continuidade e... captar recursos! Ou seja, buscar a grana pra terminar o filme!
Mas......... enquanto isso não aconmtece, vou alimentar a curiosidade com pequenos drops, não de anis, mas dos depoimentos já gravados entre outubro/2009 e fevereiro/2010.
Comentários caem bem sempre!!!
“A Moema se diferenciava pela sensibilidade. Ela sempre transmitiu uma serenidade, uma tranqüilidade. E sempre me pareceu um pouco mais madura do que as outras garotas. A convivência com ela não era uma coisa supérflua, ela sempre tinha uma observação que era expressa até no olhar.”
Charley Fayal de Lira Jr., amigo de adolescência
*
“As coisas mais bonitas que a Moema me ensinou foram todas a partir dela mesma. Não foi através de conselhos, foi através de atos. Ela se moveu e o corpo dela falou isso pra mim. Eu encontrei, de certa forma, um sentido para uma espiritualidade em mim e não pra fora de mim.”
Rodrigo Gondim, já foi partner, é amigo e cliente esporádico de Moema
*

“As aulas da Moema eram diferentes, e isso dava uma vivacidade pro corpo. No princípio eu achava meio estranho, porque eram bem diferentes das aulas da D. Tânia, eu às vezes achava que ela estava brigando com a música.”
Eraci Gonçalves, ex-aluna na Academia da Tatiana Leskova
*
“A Moema dentro da academia da D. Tânia era uma pessoa diferenciada, porque ela já tinha uma outra informação de expressão, de emoção, de vida, de dança, que já mostrava um outro lado (...) Eu gostaria muito de encontrar a Moema hoje, ela deve ter uma consci^ncia corporal muito grande.”
Fernanda Abreu, ex-aluna
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"Ela sempre nos acolheu muito, e foi a primeira pessoa a falar que nós tínhamos que estar confortáveis pra dançar. Ela sempre teve um trabalho diferenciado dentro da academia da Tatiana Leskova. Nós carregamos até hoje muitas coisas aprendidas com a Moema para nossa vida inteira, é muito mais do que técnica de dança."
Afirmam em uníssono Laura, Bárbara e Paola, ex-alunas da Academia Tatiana Leskova
*
“A Moema era uma boa professora, uma profissional muito honesta com o ballet.” Tatiana Leskova, com quem Moema trabalhou 10 anos
*
“Moema é uma pessoa muito especial na minha vida, não tenho nem palavra. Foi uma amiga que eu ganhei. (...) Ela é uma pessoa em quem eu confio porque entende a dança. Na verdade ela entende e desentende.”
Denise Martins, ex-bailarina e professora de ballet. Amiga e ex-cliente
*
“O trabalho com a Moema me resgatou um pouco da corporeidade, da relação com a matéria. Foi um encontro que veio ao encontro das minhas necessidades. Eu precisava dar voz ao meu corpo, que estava gritando de uma certa maneira e eu não estava ouvindo. (...) A minha pintura ficou mais corpórea, mais material, mais física. Antes ela era um pouco mais figurativa, mental, simbólica, com vários signos e metáforas presentes....”
Pierre Crapez, amigo e ex-cliente
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“Tudo o que ela faz é com o intuito de ajudar as pessoas, ela pode até se perder umpouco na vontade de ajudar, mas o desejo dela é compartilhar as coisas que ela acha que são boas. (...) Pode se passar muito tempo, ela sempre vai ser um pessoa muito importante na minha vida."
Adam Portugal, ex-cliente
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“Sem dúvida nenhuma a Moema muda ao longo do tempo. Ela vem mudando de acordo com o aprendizado dela, porque ninguém nasceu feito. Ela vai aprendendo e vai atuando na vida de acordo com esse aprendizado. A capacidade que ela tem de se adaptar as dificuldades e se adaptar para poder fazer um tratamento é impressionante.”
Ruben Galvão, cliente e amigo há mais de 12 anos
*
“Moema é uma pessoa extremamente apaixonada por tudo o que ela acredita e faz, mas isso não necessariamente é o que eu acredito ou faço. Se eu achar que o que ela diz é uma verdade absoluta para a minha vida, corro um grande risco de me decepcionar, e aí colocar a culpa nela e chama-la de manipuladora.”
Maria Beatriz Esteves, ex-cliente
*
“O que mais gosto dela é o carinho, a atenção e a responsabilidade que ela dá ao seu trabalho, pra poder não só ela se sentir bem, como principalmente quem está sendo atendido.”
Dayse Brito, cliente e amiga há mais de 10 anos
quarta-feira, 3 de março de 2010
Minha Estrela
[texto de Moema Ameom]
Só posso chamar de meu aquele que me escolheu. Aqueles que se escolheram in.mim: Meus filhos.
Por (in)evolução da vida, posso também dizer que estão ligados à mim, aqueles que foram atraídos por meus filhos: genro e nora.
Muito meu porem torna-se aquela que escolheu quem me escolheu: neta.
Representando a repetição da força da atração, a neta religa-me ao Tao, intensificando a consciência.
Assim sendo, minha estrela, no momento tem 5 pontas apenas: meus filhos Victor e Roberta, meu genro Rodrigo, minha nora Diana e minha neta Lavínia.
Sendo um ser ciente, sei que o meu é do Holo e a ele pertence, mas, com estas pontas, posso escrever minha história visceral (física) e, por conseqüência, energética (espiritual).
São partes do meu ser que convivem in.mim por escolha própria, ou seja, pela verdade do livre arbítrio (energia vital).
Sei que durante toda a minha existência de 60 anos in.matéria, sempre tive muita necessidade de somar e multiplicar pessoas a minha volta. O medo de ficar só era meu companheiro permanente. Talvez devido ao fato de ouvir com muita freqüência que, sendo eu filha única, tinha que aprender a me virar sozinha na vida.
Isto sempre me deixava a sensação de fragilidade interna e eu não sabia explicar por que. Ficava insegura por demais só em pensar que teria que andar pela vida sem pedir ajuda, sem compartilhar, sem trocar com ninguém, pelo simples fato de que não tinha irmãos.
Comecei então a amealhar companhias, transformando todos a minha volta em irmãos e filhos. Construí um muro de mentiras e acreditei que não era ilusão. Precisava sentir-me protegida.
Não fazia nenhuma distinção de raça, credo, cor ou forma. Queria ser parente direto do Universo.
Faltava-me o senso familiar mais amplo, algo que, enquanto núcleo, parte do conhecimento das tribos materna e paterna.
Para conquistar este sentir, comecei a querer ajudar todos a minha volta com a pretensão de compartilhar com muitos, meus fatos e atos. Era como se fizesse uma barganha: eu cuido de você e você fica ao meu lado (sem dar espaço para que cuidassem de mim).
Mestrava com sede de aprender e absorvia muito mais do que dava, pelo simples fato de saber que era eu a aprendiz. A curiosidade era consciente. A vontade de desvendar o mistério existia nos ossos.Não era uma troca honesta. Nem digna.
Este movimento nunca me agradava nem satisfazia pois distanciava-me cada vez mais de mim, aumentando a tão alardeada solidão. A razão recaia sempre sobre a frase da infância. O certo morava lá; eu era a errada.
A vontade de provar o acerto que captava nas sensações, gerava uma ânsia imensa, sufocando aqueles que tanto queria ao meu lado. Construía relações e as destruía.
Gerei com isso uma guerra enorme dentro de mim e a cada vez que um laço de união se desmanchava, ficava a percepção do fracasso – (in) potência - que fortalecia a famosa frase sempre muito bem exemplificada no cotidiano.
Meu filho dizia: “La se foi mais um (a) que a mamãe transformou em sapo.”
Sim. Recebia príncipes (as) e transformava em sapos (as).
Com a visão restrita do Transtorno Obsessivo Compulsivo, teimava em dar aos outros o que servia para mim: a verdade da visceralidade.
Descobri um dia que a necessidade de ter pessoas guerreando comigo era um vício; o desejo incontrolável de conviver me tornava dependente da química humana.
“A emoção da batalha costuma ser um vício forte e letal, pois a guerra é uma droga” Chris Hedges
Resolvi curar-me deste vício e entreguei-me aos processos da abstinência. Mergulhei na mais profunda depressão. Deixei-me afundar no lado escuro do meu ser onde só conseguia ver solidão.
Procurei me afastar até dos meus filhos, mas minha filha não deixou. Colou em mim, sem me tolher a liberdade. Foi minha mãe; recriou, espelhando a mestra.
Ajudou-me a cuidar do irmão que, estando no mesmo barco que eu, andava a deriva no caos das emoções incontroladas.
No meu delírio maior, tive a oportunidade de construir Moema`s Land onde eu teria todas as possibilidades de estar e cuidar de muitas pessoas. Ainda bem que sempre fui boa em olhar para os outros, o que me possibilitou captar a megalomania.
Seria minha tribo; minha taba. Um lugar de trabalho para orientar e criar um mundo de ressonância.
Como fazer com as vozes de comando assimiladas que deturpavam minha comunicação?
Mal sabia eu, naquele momento, que este mundo já existia e que eu andava a margem dele querendo criá-lo para mim.
Grande prepotência! Imensa arrogância!
Falta de ar total.
Hoje, ao olhar para traz vejo que com esta brincadeira, amealhei raivas, mágoas, tristezas, ódios, ciúmes, invejas e todas as emanações que os seres humanos sabem destilar quando atacados pela falta ou excesso de amor. Defesa necessária e valiosa também utilizada por mim.
Não posso dizer que não deixei sementes bem plantadas em seres que, de alguma forma, captaram a verdadeira intensão, mas, o percentual foi muito baixo perto das oportunidades que me foram oferecidas. Perdi muito mais do que ganhei, porem, arriscando-me a perder, ganhei o momento de hoje e este, além de não ter preço, passa de 1000%.
O mais importante do meu viver é a conquista da consciência de que eu não estava fora de mim quando queria ter muitas pessoas comigo.
Aprendi que sou partícula de um todo que se manifesta in.mim.
Estou plenamente interligada a esta totalidade que me conduz através do movimento vital, unificando minha essência a esta energia que me orienta.
Consigo enxergar com nitidez que o desejo impulsionador maior era não repetir com meus filhos o exemplo dado por minha mãe. Isto mesmo bem antes de ser mãe.
Ele veio comigo. Posso talvez denominar de missão.
Demorei a apreender porem, que o todo se encontra no um; no indivíduo. Estando com o uno estou com o Holo. E este uno pode ser apenas eu.
No meu caso, fui escolhida por dois. Sou três e a maior graça alcançada, foi ter conseguido manter esta relação fortalecida apesar de todos os desencontros e doídos confrontos.
Neste momento posso dizer que sou 5.
Com estas 5 pontas girando ao meu redor, dou início a um caminhar firme pelas estradas que me aguardam, levando como guia o aprendizado colhido: ser mãe e avó, utilizando para tal meus processos individuais.
Estruturando os ossos segue a eterna gratidão por todos aqueles que estiveram ao meu lado mesmo sem merecerem os pesares do pesar.
Sem mais brigar,
Obrigada.
Moema Ameom
Itaipuaçu,24/02/2010
Só posso chamar de meu aquele que me escolheu. Aqueles que se escolheram in.mim: Meus filhos.
Por (in)evolução da vida, posso também dizer que estão ligados à mim, aqueles que foram atraídos por meus filhos: genro e nora.
Muito meu porem torna-se aquela que escolheu quem me escolheu: neta.
Representando a repetição da força da atração, a neta religa-me ao Tao, intensificando a consciência.
Assim sendo, minha estrela, no momento tem 5 pontas apenas: meus filhos Victor e Roberta, meu genro Rodrigo, minha nora Diana e minha neta Lavínia.
Sendo um ser ciente, sei que o meu é do Holo e a ele pertence, mas, com estas pontas, posso escrever minha história visceral (física) e, por conseqüência, energética (espiritual).
São partes do meu ser que convivem in.mim por escolha própria, ou seja, pela verdade do livre arbítrio (energia vital).
Sei que durante toda a minha existência de 60 anos in.matéria, sempre tive muita necessidade de somar e multiplicar pessoas a minha volta. O medo de ficar só era meu companheiro permanente. Talvez devido ao fato de ouvir com muita freqüência que, sendo eu filha única, tinha que aprender a me virar sozinha na vida.
Isto sempre me deixava a sensação de fragilidade interna e eu não sabia explicar por que. Ficava insegura por demais só em pensar que teria que andar pela vida sem pedir ajuda, sem compartilhar, sem trocar com ninguém, pelo simples fato de que não tinha irmãos.
Comecei então a amealhar companhias, transformando todos a minha volta em irmãos e filhos. Construí um muro de mentiras e acreditei que não era ilusão. Precisava sentir-me protegida.
Não fazia nenhuma distinção de raça, credo, cor ou forma. Queria ser parente direto do Universo.
Faltava-me o senso familiar mais amplo, algo que, enquanto núcleo, parte do conhecimento das tribos materna e paterna.
Para conquistar este sentir, comecei a querer ajudar todos a minha volta com a pretensão de compartilhar com muitos, meus fatos e atos. Era como se fizesse uma barganha: eu cuido de você e você fica ao meu lado (sem dar espaço para que cuidassem de mim).
Mestrava com sede de aprender e absorvia muito mais do que dava, pelo simples fato de saber que era eu a aprendiz. A curiosidade era consciente. A vontade de desvendar o mistério existia nos ossos.Não era uma troca honesta. Nem digna.
Este movimento nunca me agradava nem satisfazia pois distanciava-me cada vez mais de mim, aumentando a tão alardeada solidão. A razão recaia sempre sobre a frase da infância. O certo morava lá; eu era a errada.
A vontade de provar o acerto que captava nas sensações, gerava uma ânsia imensa, sufocando aqueles que tanto queria ao meu lado. Construía relações e as destruía.
Gerei com isso uma guerra enorme dentro de mim e a cada vez que um laço de união se desmanchava, ficava a percepção do fracasso – (in) potência - que fortalecia a famosa frase sempre muito bem exemplificada no cotidiano.
Meu filho dizia: “La se foi mais um (a) que a mamãe transformou em sapo.”
Sim. Recebia príncipes (as) e transformava em sapos (as).
Com a visão restrita do Transtorno Obsessivo Compulsivo, teimava em dar aos outros o que servia para mim: a verdade da visceralidade.
Descobri um dia que a necessidade de ter pessoas guerreando comigo era um vício; o desejo incontrolável de conviver me tornava dependente da química humana.
“A emoção da batalha costuma ser um vício forte e letal, pois a guerra é uma droga” Chris Hedges
Resolvi curar-me deste vício e entreguei-me aos processos da abstinência. Mergulhei na mais profunda depressão. Deixei-me afundar no lado escuro do meu ser onde só conseguia ver solidão.
Procurei me afastar até dos meus filhos, mas minha filha não deixou. Colou em mim, sem me tolher a liberdade. Foi minha mãe; recriou, espelhando a mestra.
Ajudou-me a cuidar do irmão que, estando no mesmo barco que eu, andava a deriva no caos das emoções incontroladas.
No meu delírio maior, tive a oportunidade de construir Moema`s Land onde eu teria todas as possibilidades de estar e cuidar de muitas pessoas. Ainda bem que sempre fui boa em olhar para os outros, o que me possibilitou captar a megalomania.
Seria minha tribo; minha taba. Um lugar de trabalho para orientar e criar um mundo de ressonância.
Como fazer com as vozes de comando assimiladas que deturpavam minha comunicação?
Mal sabia eu, naquele momento, que este mundo já existia e que eu andava a margem dele querendo criá-lo para mim.
Grande prepotência! Imensa arrogância!
Falta de ar total.
Hoje, ao olhar para traz vejo que com esta brincadeira, amealhei raivas, mágoas, tristezas, ódios, ciúmes, invejas e todas as emanações que os seres humanos sabem destilar quando atacados pela falta ou excesso de amor. Defesa necessária e valiosa também utilizada por mim.
Não posso dizer que não deixei sementes bem plantadas em seres que, de alguma forma, captaram a verdadeira intensão, mas, o percentual foi muito baixo perto das oportunidades que me foram oferecidas. Perdi muito mais do que ganhei, porem, arriscando-me a perder, ganhei o momento de hoje e este, além de não ter preço, passa de 1000%.
O mais importante do meu viver é a conquista da consciência de que eu não estava fora de mim quando queria ter muitas pessoas comigo.
Aprendi que sou partícula de um todo que se manifesta in.mim.
Estou plenamente interligada a esta totalidade que me conduz através do movimento vital, unificando minha essência a esta energia que me orienta.
Consigo enxergar com nitidez que o desejo impulsionador maior era não repetir com meus filhos o exemplo dado por minha mãe. Isto mesmo bem antes de ser mãe.
Ele veio comigo. Posso talvez denominar de missão.
Demorei a apreender porem, que o todo se encontra no um; no indivíduo. Estando com o uno estou com o Holo. E este uno pode ser apenas eu.
No meu caso, fui escolhida por dois. Sou três e a maior graça alcançada, foi ter conseguido manter esta relação fortalecida apesar de todos os desencontros e doídos confrontos.
Neste momento posso dizer que sou 5.
Com estas 5 pontas girando ao meu redor, dou início a um caminhar firme pelas estradas que me aguardam, levando como guia o aprendizado colhido: ser mãe e avó, utilizando para tal meus processos individuais.
Estruturando os ossos segue a eterna gratidão por todos aqueles que estiveram ao meu lado mesmo sem merecerem os pesares do pesar.
Sem mais brigar,
Obrigada.
Moema Ameom
Itaipuaçu,24/02/2010
domingo, 31 de janeiro de 2010
Sobre o fazer em si - 2
Vamos lá, vou dizer de uma maneira diferente o que já foi dito na postagem anterior: quando eu escrevi que o processo criativo é interminável, é necessário deixar claro que não se trata de um improviso, tampouco de um esquema bundalelê de trabalho.
Muito pelo contrário, o investimento em organização e clareza é interminável também.
Criatividade não é um bicho solto que faz o que quer por aí. Não no meu modo de agir e de ver a vida. Não no esquema moitakuense de ser, onde a ORGANISMAÇÃO (heinnnnn???? Esta palavra foi inventada pela Moema, que adora neologismos! Significa organização do organismo, partir de dentro pra fora no processo de regulagem do caos) é o mote de toda ação.
Eu sei que, especialmente no Brasil, tudo isso se confunde muito. Criatividade parece que não combina com ordem, arte não casa com ordenação e responsabilidade. Mas é exatamente aí que reside o valor primordial desta metodologia criada pela nossa personagem central.
O que difere é que nós não lidamos com a ordem de uma maneira que conduza ao controle. Ao contrário, o controle é algo a ser observado atentamente porque ele conduz a uma falsa organização, cria a ilusão de que podemos dominar o processo, coisa que não podemos. A nós cabe apenas regular, cuidar, agir em prol da clareza e verdade das nossas ações. E quem trabalha comigo sabe que isso não falta.
Obrigada a todos os que acreditam e acreditaram em mim, uma iniciante produtora de documentário.
Com o meu amor... ReNata Batista
*
P.S.: No quesito "equipe" da postagem anterior, acabei por ignorar a participação do Estevão Moreira, diretor musical, e do Victor Rocha, que ajudou na direção e vai marcar mais presença na edição.
Muito pelo contrário, o investimento em organização e clareza é interminável também.
Criatividade não é um bicho solto que faz o que quer por aí. Não no meu modo de agir e de ver a vida. Não no esquema moitakuense de ser, onde a ORGANISMAÇÃO (heinnnnn???? Esta palavra foi inventada pela Moema, que adora neologismos! Significa organização do organismo, partir de dentro pra fora no processo de regulagem do caos) é o mote de toda ação.
Eu sei que, especialmente no Brasil, tudo isso se confunde muito. Criatividade parece que não combina com ordem, arte não casa com ordenação e responsabilidade. Mas é exatamente aí que reside o valor primordial desta metodologia criada pela nossa personagem central.
O que difere é que nós não lidamos com a ordem de uma maneira que conduza ao controle. Ao contrário, o controle é algo a ser observado atentamente porque ele conduz a uma falsa organização, cria a ilusão de que podemos dominar o processo, coisa que não podemos. A nós cabe apenas regular, cuidar, agir em prol da clareza e verdade das nossas ações. E quem trabalha comigo sabe que isso não falta.
Obrigada a todos os que acreditam e acreditaram em mim, uma iniciante produtora de documentário.
Com o meu amor... ReNata Batista
*
P.S.: No quesito "equipe" da postagem anterior, acabei por ignorar a participação do Estevão Moreira, diretor musical, e do Victor Rocha, que ajudou na direção e vai marcar mais presença na edição.
quarta-feira, 27 de janeiro de 2010
Sobre o fazer em si
Produzir é um barato! Produzir uma ideia própria, então, muito mais! Adoro investigar os contatos, falar com as pessoas, articular agendas, reunir equipe......... adoro ouvir histórias!
Está sendo um barato ouvir os relatos e conhecer pessoas novas, mundos novos, adentrar um universo que eu pouco conhecia, o da dança. Estou amando trabalhar com esta equipe maravilhosa composta por Rodrigo Gondim, Juliana Schlüter, Thiago Ribeiro e eu. Sim, trabalhar comigo também é novidade! Sou outra ReNata diferente daquela produtora de 5 anos atrás. Sou outra profissional, porque sou outra pessoa... Encontrei-me. E fico muito feliz com isso.
Até agora já gravamos com 15 pessoas das 30 que eu gostaria de gravar. Quando o Thiago me pergunta quantas faltam, respondo: 30 – 15 = 25... hahahahahaha!!! Ainda não sei quantas faltam, porque não sei quem mais vai aceitar participar, e pode ser que eu convide outras pessoas... A medida que nós vamos gravando as coisas vão se redeterminando, o processo criativo é interminável, uma coisa puxa a outra, uma pessoa não fica a fim de participar, resolvo chamar outra, e por aí vai.
Se tem uma coisa que eu não quero fazer é mantar as coisas sob controle. Controle é para os que gostam de mandar, eu gosto de compartilhar. Sigo o feeling, não as regras!
O mais doido é que, conforme a carruagem vai andando, a duração do filme vai se esticando. Era pra ser um curtametragem, mas... pode ser média e até longa! Na hora de decupar eu fico doida, como tirar isso? E mais isso? Não dá. Por isso estou aceitando a ideia de fazer um longa mesmo. Quem sabe?
Vamos ver como a história se desenrola.
Aguarde e verá!
Rê
Está sendo um barato ouvir os relatos e conhecer pessoas novas, mundos novos, adentrar um universo que eu pouco conhecia, o da dança. Estou amando trabalhar com esta equipe maravilhosa composta por Rodrigo Gondim, Juliana Schlüter, Thiago Ribeiro e eu. Sim, trabalhar comigo também é novidade! Sou outra ReNata diferente daquela produtora de 5 anos atrás. Sou outra profissional, porque sou outra pessoa... Encontrei-me. E fico muito feliz com isso.
Até agora já gravamos com 15 pessoas das 30 que eu gostaria de gravar. Quando o Thiago me pergunta quantas faltam, respondo: 30 – 15 = 25... hahahahahaha!!! Ainda não sei quantas faltam, porque não sei quem mais vai aceitar participar, e pode ser que eu convide outras pessoas... A medida que nós vamos gravando as coisas vão se redeterminando, o processo criativo é interminável, uma coisa puxa a outra, uma pessoa não fica a fim de participar, resolvo chamar outra, e por aí vai.
Se tem uma coisa que eu não quero fazer é mantar as coisas sob controle. Controle é para os que gostam de mandar, eu gosto de compartilhar. Sigo o feeling, não as regras!
O mais doido é que, conforme a carruagem vai andando, a duração do filme vai se esticando. Era pra ser um curtametragem, mas... pode ser média e até longa! Na hora de decupar eu fico doida, como tirar isso? E mais isso? Não dá. Por isso estou aceitando a ideia de fazer um longa mesmo. Quem sabe?
Vamos ver como a história se desenrola.
Aguarde e verá!
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Bela figura: Moema Corrêa em trabalho de Expessão Corporal de Klauss Vianna - Parque da Cidade, déc. 60. foto: Gerson Rocha
Moema Ameom na Palestra "Moitakuá e o Quantum" - Niterói, 2009 - foto: Rodrigo Gondim